Nesta quarta-feira, a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), liderada pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, já elevou em um ponto percentual a taxa Selic, juros básicos da economia. O índice está em 13,25% ao ano, agora.

A decisão, que foi tomada de maneira unânime entre os nove diretores, já era aguardada pelo mercado e elevou a taxa pela quarta vez consecutiva. E, em virtude do crescimento da inflação, o Copom também prevê que a Selic tenha “um ajusta da mesma magnitude na próxima reunião”, podendo ultrapassar no decorrer do ano a marca de 15%, o maior nível em quase duas décadas.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, afirmou o Copom em seu comunicado.

O Banco Central destacou, como fatores que pesam para uma inflação pior uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado.

Ao elevar os juros, o BC sobe o custo para se tomar empréstimos com o objetivo de diminuir a demanda por crédito que, consequentemente, ameniza o consumo e a inflação. A meta é manter a inflação em um alvo de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em 2024, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país calculada pelo IBGE, encerrou em alta de 4,83%. As expectativas do mercado para 2025 é que os preços encerrem o ano subindo 5,5%.

(dados da Ansa, Estadão, CNN e Infomoney)